segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Zéfiros.... o dia seguinte - Parte II

O dia seguinte.

Vejo de longe meu mais belo sonho
sendo desfrutados pelos meus mais repugnantes inimigos...
Perdemos a conquista, perdemos a moral,
Perdemos o que de direito seria nosso!!
Aprazeríamos doces deletérios do dia seguinte,
A calmaria....
Um bom momento talvez, que seria varrido pelas tormentas
Agora o mais plausível seria nos retirarmos, mas o que fazer? esperar?
Esperar o que?
Não nos sobrou muito, uma pequena força talvez, porem fiéis ate o ultimo
instante....
Manhã ensolarada, Zéfiros sopra inspiradas correntes de ventos
Ventos que sussurram aos meus ouvidos, dei a entender
Que seria o tempo que nos redimiria ou selaria a queda ao inevitável.
Só espero não estar enganado mais uma vez.
pois se nos recuperarmos dos ferimentos de guerra, nos redimiríamos
Dos erros, e se a vida nos ajudar
Ao menos uma vez, com certeza nos reergueremos e decidirei se marcharemos
Contra tais forças novamente.
"lutamos contra a vontade do destino"

Thiago, 19/04/2006


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Á Última Derrota - Parte I

A última derrota
Mais uma derrota!
Talvez a pior
Mas como?
Era a dádiva dos deuses
A benção para a vitória
A consagração!
Os homens estavam inspirados
Cantavam seus hinos de guerra
Nunca tinha presenciado um exercito
Tão motivado e feliz
Era a consagração!
Eu estava sozinho no meio
De fieis amigos e chacais de guerra
Em minha tenda planejava o
“check mati” , meus planos e
Minhas estratégias me consumiam
Vagava só em minha mente
O tempo passava ao meu lado
Meu espírito calado, enfraquecido
Com um grito, pobre espírito, se refutava
Da linda, exuberante e magnífica
Vista da vitoria, a via
Como jamais tinha visto antes
Ali era o presente, as conseqüências do passado
A chance de um no futuro!
Apenas pequenos detalhes me
Incomodavam, tais se tornariam gigantes
Eu tinha como prevê-los
Mas não preveni-los
Meu coração estava em chamas
Minha mente um doce jardim
Em tardes de outono que se
Refratava em frações de segundos
Oriundas lembranças me reprimiam
Às vésperas da investida
Já não tinha tanta certeza
Percebia pouco tempo antes, a situação
Complicava-se, o exercito inimigo
Recebia reforços e triplicava
Em questão de dias.
O destino mais uma vez intervêm
E minava meu caminho...
Emanava de mim um ar preocupante
Meus mais próximos generais acolhiam a situação
Mas nada pronunciavam
Me confiavam suas vidas, ou talvez
Não queriam julgar meu erro.
Não podia voltar a trás , era a dádiva,
Mas para mim a situação sem razão!
Momento antes da batalha montava
A formação de minhas tropas, sorria
Disfarçava minha angustia, pois o
Batalhão acata muito fácil o sentimento
De seu comandante, não poderia transparecer.
O lugar era propicio ao estilo de batalha de meus homens
Um ambiente semi-árido
Talvez o conhece-se muito bem, era quase perfeito.
No distante horizonte a poeira se levantava
Nesse momento senti um imenso vazio.
Poderíamos nos retirar do campo de batalha
E fechar as mãos e os olhos para tudo
Que há de vir
No entanto, isso doeria muito mais que a derrota...
Minha cavalaria pesada se dispersava para leste e oeste
Daríamos a volta e sufocaríamos a retaguarda inimiga
Eu contava muito com a cavalaria, era uma de minhas
Principais forças, pena que não voltaríamos mais a vê-los...
O inimigo entrava em nosso alcance visual.
A linha do horizonte escureceu
Meus homens se calaram, os cantos de guerra
Foram abafados pela marcha pesada
Da estranha força que nos afrontava.
Para minha surpresa uma cavalaria desconhecida,
Era difícil visualizá-los, passavam distantes dos
Flancos de minha infantaria, era para meus cavalos
Estarem fazendo essa manobra do outro lado
Senti naquele momento o começo do gosto amargo
Da derrota.
Todos nós ficamos estagnados, mas eu sabia que nenhum de nós
Abaixaria a espada, lutaríamos a te o ultimo homem
Nos atiraríamos ao fogo do inferno que se montaria em nossa frente
... agüentaríamos dilúvios de flechas
O aço cortaria nossos corações ao meio...
Mas não , não agüentaria mais
A agonia de viver se defendendo das ironias e sarcasmos da vida.
Então não negaríamos a luta, porem vistando o inimigo, tão grande,
Armados, fumegando aos gritos de guerra, não poderíamos mais
Aceitar enfrentar tais forças. Demos a embate a batalha
Meu exercito de chacais recuou, se distanciou da infantaria
A cavalaria inimiga abatia meus arqueiros, nossa retaguarda foi abalada
Pela nossa moral, cobria os flancos, revivia meu amargo passado...
Era minha principal força, tão facilmente abatida.
A derrota era visível, uma reviravolta iminente
Então calado eu pensava porque não laçar minha alma
E me revogar dessa situação atual?
Alguém me acordou do transe e me aconselhou
Que partisse em retirada, não havia mais nada o que fazer ali
Estava tudo perdido, com o tempo me apegaria a verdadeira esperança.
Thiago - 2006 (17-18/04/06)