segunda-feira, 12 de setembro de 2011

2º Carta aos senhores das terras médias


Carta escrita por um líder de uma das 7 tribos das terras médias, em resposta há uma carta enviada pelos homens da muralha norte das terras congeladas





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Escrita em uma lua nova de outono

Os pássaros voam rapidamente e ainda estão fora de época.


As noticias trazidas do norte não são animadoras. Mas não cairemos na loucura do caos organizado pelos deuses.

Somos objetos em um tabuleiro para os deuses. E outros senhores querem usurpar nossas terras a mando de novos deuses. A guerra será travada além da terra e do mundo além da vida.

Lamentamos as angustias vivenciadas pelos irmãos da muralha ao norte congelado. Não era o momento de lutarem entre si. Entre o próprio sangue.

Nada tira da minha cabeça, em particular, que esse caos é trazido pelos homens de preto que trazem o deus pregado na cruz! Trazem a discórdia e o medo.

Mas algo acima disso me deixa em alerta: Esses mesmos homens de preto com seu deus pregado na cruz vieram com sede, vorazes conquistando nossos homens e sem aviso, sem deixar uma razão, sumiram! Todos estão indo para o leste. Em direção ao mar, provavelmente cruzarão o canal e irão em direção das terras do rei Edmundo XI, o traidor! Ele é uma peça do deus pregado. Convertido pelos homens de preto. Receio um ataque desse rei louco. Mas confesso estranheza. Pois as tropas das sete tribos subjugam facilmente o exercito vindo das terras de Edmundo.

Então presumo que algo acontece muito além de nossas fronteiras. E esses corvos desgraçados, que carregam as cruzes de madeira se calam, não dizem nada.

Nem a tortura abre a boca dos malditos corvos!

Confesso que torturei dois abates e apenas um repetiu inúmeras vezes às mesmas palavras:

“O pecado será punido pelos próprios pecadores. O mal abaterá o próprio mal”...

Malditos corvos.

Muitas famílias que não mais pertencem à antiga religião estão vivendo em nossas terras. E eles nos pagam muitos tributos, por isso não os matos! Entretanto esse novo deus está crescendo e nossos deuses estão irando-se!

E não poderei abrir guerra contra os homens do deus pregado, sem antes saber o que está acontecendo além de nossas fronteiras ao sul. Não arriscarei uma guerra contra Edmundo XI sem saber o que afugenta os homens de preto.

Confesso que a habilidade da escrita foi-me ensinado por esses “tais” abates. Os paguei com ouro para me ensinarem essa habilidade. Pois nunca confiaria em outra pessoa para escrever por mim. Principalmente cartas em tempo de guerra ou de instabilidades.

Hoje apenas eu e um amigo, Hermerdad. Apenas nós escrevemos em nome de minha tribo.

E pelo que sei apenas outras três tribos tem homens que escrevem ou lêem. Sem contra os homens do deus pregado. Mas ninguém é doente em confiar nesses corvos.

Então, não confie em nenhuma carta que não conter meu nome com minha letra e meu carimbo, Sir. Loreson.

E em respeito ao seu nome e aos homens da muralha das terras congeladas, enviei 50 (cinqüenta) cavaleiros à frente e mais mil lanças.

Aguardarei noticias do norte. Seja do seu povo ou de meus homens.

JAEL, Logartan Rognard; de Bebbamburg

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